quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A Lua: 12 meses em 2,5 minutos.


Neste vídeo, produzido pelo Goddard Space Flight Center, é possível ver os movimentos que a Lua faz ao longo de 1 ano. Por serem pequenos e lentos não são facilmente perceptíveis a olho-nu. Tanto o movimento de libração quanto o causado pela inclinação da orbita da Lua são facilmente vistos.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os poderes do céu

"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas." - Mt.24:29.

Estas clássicas palavras de Jesus nos informam que, em um futuro breve, eventos incomuns e espantosos serão testemunhados. Em particular a última frase é a que mais me chama a atenção, quando Ele avisa que "as potências dos céus serão abaladas". Pode-se entender a declaração de diversas maneiras. Gostaria de propôr uma interpretação digamos "astronômica".

Em 2006, sob grandes protestos, a União Astronômica Internacional rebaixou o simpático Plutão, que deixou de ser planeta e tornou-se "planeta-anão". O tradicional sistema solar com nove planetas repentinamente deixou de existir. Assim, uma das "potencias" do céu foi abalada.

Temos também o caso de Betelgeuse, a supergigante vermelha de Órion, o ombro do caçador, distante cerca de 430 anos-luz da Terra e que pode supostamente explodir a qualquer momento dentro dos próximos séculos. (1,2,3), evento que tornaria nossas noites mais claras durante vários meses. Uma outra "potência celeste" que pode ser abalada.

Há ainda a incomum Eta Carinae, a gigante azul, que brilha furiosamente a 7.500 anos-luz daqui. As evidência também apontam para um fim explosivo e em um prazo que talvez nos permita testemunha-lo.

Enfim, Jesus falou de eventos possíveis e razoáveis, que podem ser explicados sem ter que necessariamente se apelar para coisas místicas e espirituais. Não sabemos o que Jesus sabia ou pensava sobre astronomia, mas provavelmente Ele não era ignorante sobre o assunto. Sabia que os céus podem mudar, ainda que tenham uma aparência de eterna constância. Aliás, o seu próprio nascimento foi marcado por um evento celeste incomum, a "Estrela de Belém". Jesus sabia que mesmo nos céus grandes sinais podem ser vistos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Problemas não resolvidos da Cosmologia.

1.A própria existência do Universo.
De onde vem a matéria, a energia, o espaço-tempo e as forças fundamentais que formam o Universo?

2.A assimetria bariônica.
Por que no Universo observável existe mais matéria do que anti-matéria? As quantidades, teoricamente, devem ser iguais.

3.A Constante Cosmológica X Densidade de Energia do Vácuo.
A diferença no valor das duas é muito grande e, exatamente por quantificarem o mesmo fenômeno, inexplicável. Ambas estão relacionadas à expansão cósmica.

4.A Matéria Escura.
Ela existe mesmo? Ou será apenas uma manifestação ainda mal compreendida da gravidade? E se existir do que é feita?

5.A Energia Escura.
Tal como a "Matéria Escura", será que existe mesmo uma tal energia? Ou é apenas uma ilusão criada pela expansão geométrica do espaço? Não será esta Energia Escura a própria Constante Cosmológica em ação?

6.O Fluxo Escuro.
Incomum movimento de certos aglomerados de galáxias, principalmente Centaurus e Hydra, para o qual não há ainda uma explicação. Um foco gravitacional denominado "Grande Atrator" foi proposto.

7.Entropia ou a "Seta do Tempo".
Será o aumento da Entropia o próprio fluxo do tempo e o que separa o passado do futuro?

8.A homogeneidade do Universo.
Por que o Universo parece ser tão homogêneo mesmo à grandes distâncias apesar da teoria do Big Bang prever grandes desigualdades mesmo a distâncias pequenas?

9. A Radiação Cósmica de Fundo e a eclíptica.
Tem sido encarado apenas como uma enorme e improvável coincidência: a radiação cósmica de fundo, que se supõe ser o eco do Big Bang, está alinhada com o plano orbital do Sistema Solar. Será mesmo apenas uma coincidência.

10.A forma do Universo.
Qual é a geometria do Universo? Que tipo de formato está sendo gerado pelo espaço-tempo?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Por que Ramo de Órion?

O conhecimento do real lugar da Terra no Universo tem passado por grandes mudanças ao longo dos tempos.

Na antiguidade clássica, foi fato inquestionável que nosso planeta era o centro de toda a criação. Tal conceito, muito natural e instintivo diga-se de passagem, foi formalizado principalmente por Ptolomeu, que propôs o chamado Sistema Geocêntrico, o qual perdurou, sem grandes contestações por quase 2000 anos, sendo decisivamente desafiado somente ao fim da idade média por Nicolau Copérnico.

Após ser removida do centro do Universo, a Terra foi colocada ao redor do Sol na companhia de vários outros planetas. Nascia assim o conceito de Sistema Solar, no qual as colaborações de Kepler, Galileu e Newton foram fundamentais.

O conceito de galáxia, apesar de ser discutido desde os grandes filósofos gregos, foi estabelecido científicamente a partir dos trabalhos de Kant e Herschel no século XVIII, e as reais dimensões da Via Láctea só foram conhecidas somente no século XX, quando Harlow Shapley fez o primeiro cálculo preciso da distância do núcleo galático. Descobriu-se que a Terra orbita há quase trinta mil anos-luz do centro do Universo conhecido de então. Do centro de todas as coisas para a periferia galática!

À partir dos anos de 1950, os aprimoramentos técnicos permitiram descobrir que a Via Láctea existia como uma espiral com pelo menos quatro braços. Em função de suas posições na esfera celeste, receberam nomes relativos às constelações com as quais se alinhavam: Perseus, Norma, Scutum-Crux e Carina-Sagittarius. Alem destes, admitia-se também pelo menos 1 braço menor: Órion-Cygnus, onde fica o Sistema Solar.

Dados mais recentes mudaram substancialmente a visão que temos de nossa galáxia. Ao invés de quatro talvez ela possua apenas dois braços principais: Centaurus e Perseus. Os demais provavelmente são braços menores ou ramificações dos braços principais. É ai que fui buscar a inspiração para o nome do blog.

Há boas evidências observacionais de que Órion seja apenas uma ramificação do braço de Sagitário. Um pequeno "ramo" com estimados 10.000 anos-luz de comprimento e 3.500 anos-luz de espessura.

Este é, enfim, o nosso lugar na galáxia. Não sabemos tudo, mas o que até agora foi descoberto já é mais que suficiente para nos fascinar e estimular ainda mais a curiosidade sobre o que mais há ao nosso redor.

O que é Ramo de Órion?


Olá. Que bom você ter passado por aqui.
Meu objetivo com este singelo blog é divulgar e comentar atualidades astronômicas, uma antiga e persistente paixão pessoal.
Não será um blog técnico-científico, ainda que a exatidão científica será algo que eu me esforçarei em manter.
O diferencial de outros excelentes sites e blogs voltados para os assuntos celestes é que minha cosmovisão será nitidamente bíblica. Acredito que o Universo é uma criação do Deus Todo-Poderoso e que, se for olhado da maneira certa, a glória e a beleza do Criador serão claramente visíveis.
Então, esteja à vontade para nos acompanhar nesta fantástica, misteriosa, mas nunca monótona viagem pelos céus de Deus.

Abraços.