“Os
céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de Suas mãos. Um
dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há
linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por
toda a terra se faz ouvir a Sua voz, e as Suas palavras, até os confins do
mundo. Aí, pôs uma tenda para o Sol.”
Salmo 19:1-4.
Neste
salmo vê-se o circuito através do qual o Sol passa, definindo as luzes
celestiais. A Bíblia declara, " ...conta o número das estrelas, chamando-as
todas pelo seu nome ...” (Sl.147:4) Em
Jó lemos sobre as Plêiades – também conhecidas como “Sete-estrelo”, Orion – “Três
Marias”, Arcturus e o Zodíaco, ou
“Mazzaroth”, antiga palavra hebraica traduzida como “Doze Sinais". Entre
os gregos o Mazzaroth era denominado de “ζωδιακός κύκλος”
(Círculo de Animais), o popular zodíaco.
A
abóboda celeste foi dividida arbitrariamente em 12 seções, e ao longo de cada
ano o Sol passa por essas doze seções ou sinais. Este caminho aparente do
Sol é conhecido como Eclíptica. Desde a antiguidade os hebreus acreditam
haver nestes doze signos mensagens de
Deus para toda a humanidade acerca da redenção. Cada sinal tem um nome
hebraico, inspirado no desenho que as estrelas desenham no céu.
Uma mensagem maravilhosa.
Antes
de explicar melhor estes sinais e as estrelas associadas à uma maravilhosa
mensagem é importante notar a profunda diferença entre a astronomia e a astrologia.
Astronomia significa “lei”, “norma” ou “arranjo” das estrelas; astrologia
significa “palavra”, “doutrina” ou “mensagem” das estrelas. Nos tempos antigos,
tanto uma como outra eram exercidas pelas mesmas pessoas, já que não existia
uma fronteira nítida entre a ciência observacional e as práticas
místico-religiosas. Foi o estudo
astrológico que originou o horóscopo, palavra grega que significa “ver
para saber”, uma alusão à suposição de que é possível saber-se o
destino de uma pessoa desde que se veja a disposição dos astros no momento do
seu nascimento.
A
Bíblia apresenta as maravilhas celestes como prova da ação de um Criador poderoso
e sábio e os detalhes do zodíaco como uma série de imagens que dão detalhes do
maravilhoso plano que Ele estabeleceu para todos por todos os tempos. O
horóscopo, por outro lado, é uma vã tentativa de transformar esta história em
profecias individuais, dias de sorte e direção pessoal. Deus, através de
Seus profetas tem desafiado as alegações dos astrólogos em diversas
ocasiões. Sua advertência a Israel como registrado em Isaías fala por si:
“Já
estás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se, pois, agora, os
que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o
que há de vir sobre ti. Eis que serão como o restolho, o fogo os queimará; não
poderão livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restará para se
aquentarem, nem fogo, para que diante dele se assentem”. Is.47:13-14.
A
prática da astrologia e a leitura de horóscopos é irreal e inútil.
O
“Mazzaroth” ou Doze Sinais.
Os
doze sinais são bastante conhecidos. Na tradição hebraica, eles começam
com Virgo, a Virgem, e concluem com Leo, o Leão. Estes dois sinais estão
diretamente associados como o nascimento e posterior retorno do nosso Senhor
Jesus Cristo. É significativo que, a Grande Esfinge egípcia, é uma cabeça de
mulher ligada a um corpo de leão, como um desafio para que se decifre este
milenar enigma.
A partir daqui cada sinal representa
algum aspecto da narrativa bíblica:
VIRGEM (A
Mulher). Está em meio a 140 estrelas, com o sol tendo 43 dias para
passar por esta constelação. A estrela mais brilhante neste signo é Spica (Tsemech em hebraico, ou Al- Zimach em árabe), que significa "espiga” ou “ramo". A
representação artística é a de uma mulher segurando um ramo. Isaías 7:14 declara: "Eis
que a virgem conceberá e dará à luz um Filho ...". A isto,
podemos associar outra profecia entregue pelo mesmo Isaías: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e
das suas raízes um renovo frutificará. E repousará
sobre ele o Espírito do SENHOR, o espírito de sabedoria e de entendimento, o
espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do
SENHOR.” Is. 11:1-2. Assim, Virgem nos fala do nascimento
do Messias. E, ao meditarmos em que Spica, a estrela mais brilhante desta
constelação, significa “espiga” ou “semente”, entendemos que este messias é o cumprimento da palavra
entregue pelo próprio Deus ainda no jardim do Éden: “Então o
SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que
toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás,
e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher,
e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe
ferirás o calcanhar.” Gn.3:14-15.
Virgem esta associada a outras 3
constelações:
COMA (“Cabeleira”). Em antigos documentos egípcios, esta
constelação chamava-se “Shes-Nu” (“Filho Desejado”). Era representada por uma
mulher cuidando amorosamente de uma criança de colo. Nos fala do Messias como o
desejado das nações – “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de
mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o
mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos
Exércitos.” Ml.3:1. Posteriormente,
esta constelação foi associada à uma lenda envolvendo a rainha egípcia
Berenice, que ofereceu seus longos e muito estimados cabelos loiros como voto
para que seu esposo, o rei Ptolomeu III, voltasse em segurança de uma batalha.
O compacto grupo de estrelas passou então a ser conhecido pelo nome atual. Mesmo nesta simbologia podemos perceber ecos
da mensagem divina: o Messias é aquele que se despojou de Sua glória (o cabelo)
em favor daqueles a quem Ele ama. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve
também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,
sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp.2:5-8.
CENTAURO. Na mitologia clássica um ser metade homem, metade cavalo.
Em hebraico esta constelação era designada por dois termos: “Bezeh”
(“desprezado”) e “Asmeah” (“oferenda”). Nos fala do Messias como aquele que é
homem, mas ao mesmo tempo é um animal de cascos fendidos, adequado para ser
oferecido no altar como sacrifício pelo pecado (Lv.1; II Co.5:21). Já no relato mitológico Chiron, o pai de todos
os centauros, foi ferido por um dardo envenenado. Sendo imortal o veneno não
pode mata-lo, mas fez com vivesse em constante dor e agonia, um lembrete de que
o Messias é aquele que carrega as dores do homem. “Era desprezado, e o mais
rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e,
como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele
caso algum.” Is.53:3.
BOOTES (Boiadeiro). Na
antiguidade esta constelação recebeu diferentes nomes: “Smat” – Aquele que
governa e “Bau” – A vinda (ambas em egípcio). É possível também que fosse
conhecida pelo nome da sua estrela mais brilhante – Arcturus – que significa “o
que vem”. Outras estrelas da constelação tem nomes muito sugestivos: “Alkaluropis”
(“o ramo sob os pés”) e “Nekka” (“perfurado”). A mensagem é: o Messias é aquele
que foi perfurado mas que voltará para governar e pisar os inimigos sob seus
pés. “E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um
semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e
na sua mão uma foice aguda.
E
outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado
sobre a nuvem: Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda, porque já
a seara da terra está madura. E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu
a sua foice à terra, e a terra foi segada.” Ap.14:14-16. Pela
simbologia grega, podemos ver em Bootes o Messias-pastor, fiel e verdadeiro, que guia Seu povo em amor. "Eis
que o Senhor DEUS virá com poder e seu braço dominará por ele; eis que o seu
galardão está com ele, e o seu salário diante da sua face. Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu regaço; as que amamentam guiará suavemente." Is.40:10-11.
(continua...)
Gostei
ResponderExcluirMuito interessante!
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